Presidente do União Brasil cancela convenção nacional e faz denúncias

Está longe de acabar a disputa interna dentro do União Brasil. A convenção nacional foi suspensa pelo atual presidente do partido, o deputado federal Luciano Bivar.

Marcada para esta quinta-feira (29), entre 9h e 16h, em Brasília, a convenção iria eleger a nova diretoria, sendo o atual vice-presidente da legenda, Antônio Rueda, o candidato opositor a Bivar.

Os membros do União Brasil do Estado do Amazonas, incluindo o novo presidente estadual, governador Wilson Lima, marcaram presença da reunião cancelada.

A representação do Amazonas no diretório nacional do União Brasil, que deveria ser eleita nesta quinta-feira deverá contar com cinco nomes. Além de Wilson Lima, terá o presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cidade, e os deputados federais Saullo Vianna, Fausto Júnior e Pauderney Avelino.

Questionado sobre os motivos da suspensão, Bivar disse apenas: “o processo está eivado de vícios de toda sorte”.

Comunicado

No comunicado de cancelamento da 1ª convenção nacional do União Brasil, o atual presidente da Comissão Executiva Nacional Instituidora alega que o julgamento, pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), da constituição do partido e a aprovação do estatuto só foi julgado no último dia 27 de fevereiro.

Da mesma forma, o TSE acatou a modificação do que foi decidido em reunião do partido, em 20 de novembro de 2023, com realização da convenção para o período de 1 a 29 de fevereiro de 2024.

No entanto, disse diz Luciano Bivar, a convenção partidária para tal período não tinha amparo no estatuto do União Brasil, visto que o TSE não havia tomado a decisão.

Por outro lado, após a manifestação do tribunal eleitoral, na última terça-feira (27), o atual presidente fez nova alegação: inexistir tempo hábil para promover nova convocação da convenção partidária.

Com amparo no estatuto do partido, decido cancelar a 1ª convenção nacional ordinária do União Brasil cuja nova data será oportunamente discutida em reunião da comissão executiva nacional instituidora a ser realizada no dia 27 de março de 2024, assim determinou o presidente Luciano Bivar.

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Denúncias

Além do mais, o racha partidário se acentuou após Bivar fazer denúncia de supostos esquemas ilícitos envolvendo a chapa favorita para assumir a legenda, comandada pelo vice-presidente, o advogado Antônio Rueda.

“Essas denúncias são de toda a sorte, são incríveis. São denúncias de que o partido não pode estar na mão de alguém que queira usá-lo a título de fazer negócios”, disse o deputado.

Relatos também apontam que Bivar teria ameaçado de morte familiares de Rueda. O presidente da sigla nega as acusações.

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