Presidente da Petrobrás diz que preços de combustíveis seguem ‘abrasileirados’

Significa que o país não seguirá a política internacional do mercado, com oscilação constante

presidente-executiva da Petrobrás, Magda Chambriard

Mariane Veiga

Publicado em: 27/05/2024 às 22:41 | Atualizado em: 27/05/2024 às 22:50

A nova presidente-executiva da Petrobrás, Magda Chambriard, afirmou nesta segunda-feira (27) que a política de preços de combustíveis da estatal seguem “abrasileirados” em sua gestão.

Conforme Chambriard, não é justo “contaminar” os preços da companhia com as volatilidades do mercado internacional.

Na gestão anterior, de Jean Paul Prates, a companhia passou a adotar uma política de maiores intervalos de reajustes, buscando ter o preço mais competitivo para seus clientes.

No entanto, a medida gerou comentários no mercado de que os lucros no segmento poderiam ter sido maiores.

Neste ano, a empresa ainda não alterou os preços da gasolina e do diesel.

A executiva, que tomou posse na sexta-feira passada, lembrou que a Petrobrás é uma empresa de economia mista, que será “perfeitamente” capaz de dar retorno a acionistas privados ou à União, que é a controladora.

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Ao ser questionada sobre a remuneração ao acionista, Chambriard disse que trabalhará para isso.

“Se tem lucro, vai ter lucro, vamos ter dividendos; queremos ter lucro, queremos ter dividendos”, afirmou.

Ela evitou fazer comentários sobre a distribuição de metade dos dividendos extraordinários do exercício de 2023 que ficaram retidos em uma reserva da companhia. A expectativa é de que eles sejam distribuídos em algum momento em 2024.

Para ela, a produção de petróleo e gás no pré-sal e a exploração de novas fronteiras petrolíferas como a Margem Equatorial são garantias de segurança energética do país, enquanto se busca uma transição para combustíveis menos poluentes.

Chambriard destacou que o Brasil tem ainda a Bacia de Pelotas para ser desenvolvida, onde há também questões ambientais a serem resolvidas, como na Margem Equatorial e na região da Foz do Amazonas, principalmente.

Contudo, a executiva afirmou que vai buscar trabalhar para que a empresa reponha suas reservas de petróleo e gás.

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil