Preço a pagar para Lula ter apoio do ‘centrão’ no Congresso
Conforme auxiliares, presidente se recusou a negociar agora, “com a faca no pescoço”

Mariane Veiga
Publicado em: 07/07/2023 às 22:56 | Atualizado em: 07/07/2023 às 23:16
Nas negociações para aprovar o pacote completo de medidas econômicas e entrar de vez na base do governo Lula da Silva (PT), o centrão quer o comando de dois ministérios, quatro estatais e um incremento de R$ 10 bilhões em emendas no segundo semestre. É o que informa o blog de Julia Duailibi, do G1.
No entanto, auxiliares de Lula dizem que o governo se recusou a negociar agora, “com a faca no pescoço”, em meio às votações desta semana, mas sinalizou que as tratativas serão retomadas em agosto, depois do recesso.
A fatura do centrão não inclui o Ministério do Turismo, que será comandado pelo deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Na quinta-feira (6), em meio à pressão do União Brasil para adiar a votação da reforma tributária, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, divulgou uma nota oficializando a escolha de Sabino.
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As pastas e órgãos desejados pelo centrão são todos controlados por quadros ligados ao PT ou partidos próximos, conforme a publicação.
As substituições podem implicar na redução da participação feminina no primeiro escalão do governo, já que há órgãos cobiçados que são chefiados por mulheres.
Segundo o blog, o governo está disposto a ceder em alguns pontos, abrindo espaço para Republicanos e PP, mas considera a fatura ‘muito alta’.
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Foto: Reprodução/Instagram