Países ricos devem pagar a conta pela preservação das florestas, diz Lula
Lula destacou que essa é a primeira vez, em 28 anos de COPs, que as "florestas falam por si”.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 02/12/2023 às 16:34 | Atualizado em: 02/12/2023 às 16:34
O presidente Lula da Silva afirmou hoje (2) que são os países ricos que devem pagar a conta pela preservação das florestas.
Dessa forma, ele discursou em reunião na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
De acordo com a Agência brasil, Lula destacou que essa é a primeira vez, em 28 anos de COPs, que as “florestas falam por si”.
É a primeira vez que as florestas vêm falar por si. É a primeira vez que nós estamos dizendo: não basta evitar desmatamento, é preciso cuidar da floresta, cuidar das pessoas que moram na floresta, e cuidar da biodiversidade da floresta. Isso custa muito dinheiro, e os países ricos têm que ajudar a pagar essa conta. É isso que nós queremos nesta COP, afirmou.
Ao mesmo tempo, o presidente participou, ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de evento chamado Protegendo a Natureza para o Clima, Vidas e Subsistência.
O evento reuniu especialistas, representantes de povos de florestas e chefes de Estado de países com florestas, como o presidente da França, Emannuel Macron, devido a posse sobre o território da Guiana Francesa, aqui na América do Sul.
Além disso, Lula cedeu seu tempo de fala para a ministra Marina uma vez que ela cresceu nos seringais da floresta amazônica, no Acre. O presidente chorou ao lembrar a história de vida da ministra.
Eu não poderia utilizar a palavra sobre a floresta, se tenho no meu governo uma pessoa da floresta. A Marina nasceu na floresta, se alfabetizou aos 16 anos. Eu acho que é justo que, para falar da floresta, ao invés de falar o presidente, que é de um Estado que não é da floresta, a gente tem é que ouvir ela, que é a responsável pelo sucesso da política de preservação ambiental que nós estamos fazendo no Brasil, destacou.
Como resultado, em seu primeiro dia, na quinta-feira (30), a COP28 aprovou um fundo climático para financiar perdas e danos de países vulneráveis.
Dessa maneira, o objetivo do novo fundo é ajudar as nações pobres a lidar com desastres climáticos.
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Foto: Ricardo Stuckert/PR