ONU manda missão investigar genocídio de ianomâmis por Bolsonaro
Tarefa da ONU é inédita para o país

Mariane Veiga
Publicado em: 27/04/2023 às 21:19 | Atualizado em: 27/04/2023 às 21:35
Pela primeira vez, o Brasil receberá a partir do dia 2 de maio a visita de uma representante da ONU que tem, como mandato, investigar riscos de genocídio de povos indígenas. As informações são do colunista Jamil Chade, do UOL.
A queniana Alice Wairimu Nderitu, conselheira especial do secretário-geral para a Prevenção de Genocídio, ficará no país até 12 de maio e focará na situação indígena e comunidade afrobrasileira.
A visita foi autorizada pelo governo brasileiro, o que foi interpretado como um sinal duplo: um gesto do presidente Lula da Silva (PT), para mostrar comprometimento com a pauta de direitos humanos, mas também como uma forma de expor o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Dessa maneira, Bolsonaro enfrenta denúncias no Tribunal Penal Internacional por genocídio dos povos indígenas.
De acordo com o UOL, a entidade comunicou ao governo que “o objetivo da visita é que a assessora especial realize consultas com altos funcionários do governo e outros parceiros relevantes sobre seu mandato”.
“Enquanto estiver no país, Nderitu também gostaria de aproveitar a oportunidade e fazer uma visita de cortesia ao chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva”, solicita a carta oficial da ONU.
Ao concluir a visita, a representante produzirá um informe que será submetido ao secretário-geral da ONU, António Guterres.
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil