Omar Aziz defende exploração sustentável do potássio de Autazes

Conforme o senador, “a maior mina de potássio do mundo” está no Amazonas

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Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 11/05/2023 às 22:30 | Atualizado em: 11/05/2023 às 22:33

O senador Omar Aziz (PSD) defendeu a exploração sustentável do potássio no município de Autazes, a 113 quilômetros de Manaus, mesmo que o minério se encontre em terra indígena do povo Mura, a quem cabe autorizar para a exploração.

“A maior mina de potássio do mundo está no meu estado, a 80 quilômetros de Manaus, em terra indígena”, disse o senador durante debate na Comissão do Meio Ambiente da Casa.

“O Canadá faz exploração sustentável, existe tecnologia e podíamos fazer também. Se não fizermos de forma sustentável, essa exploração será feita de forma criminosa. É questão de escolha, vamos fazer legal ou ilegalmente? A ilegalidade vai continuar, não tem governo que dê conta”, alertou.

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Aziz acrescentou que minérios brasileiros têm sido escoados irregularmente pela Venezuela.

Para ele, a ausência de uma política bem elaborada faz com que o Brasil importe fertilizantes caros da Rússia, que poderiam ser fabricados aqui com potássio e nitrogênio do Amazonas.

O coordenador da bancada do Amazonas e o senador Jaime Bagattoli (PL-RO) disseram ser favoráveis à preservação ambiental e contrários à exploração ilegal em terras indígenas.

Contudo, avaliaram que um modelo de desenvolvimento sustentável não pode ser “8 ou 80”, pois a Amazônia é complexa e ainda enfrenta enormes desafios estruturais de inclusão social.

O diretor da ONG Observatório da Mineração, Maurício Angelo, e a advogada do Instituto Socioambiental (ISA), Juliana Batista, disseram que a legislação ambiental não prejudica estratégias de desenvolvimento.

Segundo eles, relatórios feitos para contestar projeto de lei que libera a mineração em áreas demarcadas, durante o governo de Jair Bolsonaro, demonstram que as maiores minas de potássio do país estão fora de terras indígenas.

Portanto, de acordo com eles, é possível aumentar a exploração do mineral no país sem invadir reservas fixadas.

Com informações da Agência Senado

Foto: Pedro França/Agência Senado