No AM, Helder Barbalho evita falar sobre queimadas no Pará
Estado, sede da COP-30 é o maior emissor da fumação da queima da floresta amazônica que este ano poluiu o ar da cidade de Manaus

Neuton Corrêa, do BNC Amazonas
Publicado em: 10/11/2023 às 10:38 | Atualizado em: 10/11/2023 às 10:38
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), evitou hoje, em Manaus, falar sobre o fato de seu estado ser o campeão de destruição da floresta amazônica.
Ele foi abordado sobre assunto ao entrar no Centro de Convenções Vasco Vasques, onde ocorre o 26º Fórum de Governadores da Amazônia Legal.
Perguntado sobre o assunto, Helder se calou. Além do silêncio, o governador paraense recebeu proteção de um assessor que se colocou na frente do repórter do BNC, empurrou e ainda tentou intimidá-lo.
Campeão de quimadas
O Pará é o campeão de queimadas no Brasil.
Mas este ano a destruição florestal atravesou os limites de seu território e poluiu o ar das cidades amazonenses.
Por exemplo, Manaus, capital do Amazonas, onde ele está hoje, por vários dias, foi a cidade mais poluída do mundo por causa da fumaça vinda do Pará.
Em Parintins (AM), na divisa dos dois estados, o problema não foi apenas a fumaça. Lá, o fogo, iniciado em Juruti e Aveiro, no oeste e sudoeste do Pará, atravessou para o leste do Amazonas e queimou a floresta e plantações de produtores rurais familiares.
Anfitrião da COP-30
Não é acaso Helder Barbalho evitar falar sobre queimadas, fumaça e destruição da Amazônia. Acontece que ele será anfitrião da COP-30, que discutirá, em 2025, em Belém, os problemas globais do clima.
Um dos principais problemas apontados pela ciência para as mudanças ambientais extremas que estão acontecendo em todo o Pleneta é a destruição florestal.
Nesse caso, o anfitrição do Conferência Global do Clima não tem exemplo para oferecer a quem for ao Pará daqui a dois anos.
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Foto: BNC Amazonas