Moraes manda PF interrogar ex-ministros do GSI e da Justiça

Gonçalves Dias pediu demissão após a divulgação das imagens em que ele aparece durante invasão ao Planalto

Mariane Veiga

Publicado em: 20/04/2023 às 17:45 | Atualizado em: 20/04/2023 às 17:56

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) ouça, em até 48 horas, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias sobre vídeos internos do Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

Dias pediu demissão após a divulgação das imagens em que ele aparece durante invasão ao Planalto.

De acordo com o G1, Moraes também determinou que o novo chefe interino do GSI, Ricardo Cappelli, informe a identificação de todos os servidores que aparecem nas imagens.

“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, diz trecho da decisão.

PRF eleições

Moraes autorizou também nesta quinta (20) que a PF ouça o ex-ministro Anderson Torres no inquérito que apura as ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições de 2022.

O depoimento está marcado para a próxima segunda-feira (24).

Torres está preso desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos golpistas de janeiro.

Ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal à época.

Recentemente, o Ministério Público Federal defendeu que ele seja posto em liberdade e cumpra medidas cautelares.

No entanto, um relatório do Ministério da Justiça entregue à Controladoria Geral da União (CGU) mostra que a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula da Silva (PT) era favorito, contra 571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro, vésperas e dia do 2º turno das eleições do ano passado.

À época, o Ministério da Justiça, ao qual a PRF está subordinada, era comandado por Torres.

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Foto: Ricardo Stuckert/Presidência