Míriam Leitão implica de novo com Zona Franca de Manaus

O texto analisa a postura implicante da jornalista Míriam Leitão em relação à Zona Franca de Manaus, destacando seu histórico de posicionamentos contrários ao modelo econômico da região Norte.

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 25/04/2024 às 11:02 | Atualizado em: 25/04/2024 às 11:05

Formadora de opinião da Rede Globo que, vira e mexe, defende o fim da Zona Franca de Manaus (ZFM), a jornalista Míriam Leitão soltou hoje, dia 25, mais um despeito ao modelo econômico da região Norte.

Em análise sobre a regulamentação da reforma tributária, a jornalista se lamentou pelo poder de articulação do Amazonas de defender seu principal sustento econômico.

Em claro tom de ressentimento, Míriam disse no programa “Conexão GloboNews”:

“Tem muito lobby defendendo a Zona Franca [de Manaus]”.

Ela se referiria às vantagens comparativas que o polo industrial da ZFM obteve na reforma tributária, no fim do ano passado.

Agora, os detalhes dessas vantagens e sua confirmação começam a ser discutidos no Congresso Nacional. Ontem (quarta-feira, 24/4) o governo federal mandou ao parlamento seu projeto de regulamentação da reforma.

Implicância oportunista

Dessa forma, Míriam deixa patente que não perde uma oportunidade de atacar a ZFM.

Em 2019, por exemplo, em entrevista com o ex-ministro Paulo Guedes, ela assentiu com o auxiliar de Bolsonaro, que defendia o fim das vantagens fiscais do Amazonas.

O mais curioso disso, contudo, é que a jornalista do grupo Globo só se manifesta dessa forma quando há decisões importantes em pauta no Legislativo e Judiciário.

Míriam não é capaz de dar aos assinantes da Globo uma análise dos benefícios que a indústria da ZFM dá ao país e, sobretudo, às populações da região Norte. Por exemplo, se abstém de comentar sobre empregos, produção e faturamento das empresas, muitas vezes superiores à média nacional da indústria.

Como resultado, Míriam demonstra agir sob encomenda, e não por ignorância. Afinal de contas, ela estuda e é bem informada sobre o movimento da economia e finanças do país.

Em síntese, portanto, a jornalista negar à região mais pobre do país um sustento econômico que corrija minimamente as distorções sociais entre norte e sul é também não conhecer nem compreender as dimensões do país.

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Foto: reprodução/TV