Ministro do STF veta PF de investigar Toffoli delatado por Cabral

O ministro Dias Toffoli foi acusado, em delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, de receber propina milionária em troca de sentenças para favorecer políticos

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Publicado em: 15/05/2021 às 08:00 | Atualizado em: 15/05/2021 às 08:39

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), vetou qualquer investigação contra o colega de toga e de corte Antônio Dias Toffoli.

O ex-presidente da corte foi acusado em delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral. A reportagem é da agência Reuters, compartilhada pela revista IstoÉ.

O ex-governador do Rio de Janeiro disse que Toffoli recebera recursos ilegais em troca de sentenças, conforme reportagem da Folha de S.Paulo.

Em decisão lida pela Reuters, Fachin citou o parecer da Procuradoria-Geral da República que era contrário à abertura da investigação e também questionava a legitimidade de a PF ter firmado uma delação com Cabral. 

O ministro do STF ainda determinou que a PF se “abstenha de tomar qualquer providência ou promover qualquer diligência direta ou indiretamente inserida ou em conexão ao âmbito da colaboração premiada em tela” até o julgamento no plenário virtual entre os dias 21 e 28 de maio sobre o acordo de colaboração do ex-governador fluminense.

Em nota na terça (11), o ministro Dias Toffoli havia declarado, por meio da assessoria, não ter conhecimento dos fatos mencionados e disse que jamais recebeu os supostos valores ilegais. 

Por meio da assessoria, o ministro refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções. 

O caso que foi narrado pelo jornal diz respeito a supostos repasses relatados por Sérgio Cabral que teriam sido feitos a Toffoli para favorecer prefeitos fluminenses em processos que tramitaram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Foto: Nelson Jr./SCO/STF