Marina estava certa sobre desmatamento na BR-319, diz InfoAmazonia
De acordo com o site de geojornalismo, entre 2019 e 2022, o desmatamento explodiu na BR-319, com um aumento de 144% em uma faixa de 50 km ao redor da rodovia
Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 09/06/2025 às 19:03 | Atualizado em: 09/06/2025 às 19:39
Com base em imagens de satélite, o InfoAmazônia fez novo estudo para demonstra que a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, estava certa quando disse no Senado que o desmatamento ao longo da BR-319 aumentou em 119% somente com o anúncio da obra.
De acordo com o site de geojornalismo, entre 2019 e 2022, o desmatamento explodiu na rodovia, com um aumento de 144% em uma faixa de 50 km ao redor da rodovia.
“A área desmatada na região saltou de 19 mil hectares em 2019 para 46 mil hectares em 2022”, diz o levantamento.
Na ocasião, o senador Omar Aziz (PSD-AM) acusou Marina de apresentar “dados falsos” sobre o desmatamento na BR-319.
O InfoAmmazonia diz que, nos quatro anos do governo Bolsonaro, foram derrubados 132 mil ha de floresta ao redor da BR-319, o equivalente a cerca de 187 mil campos de futebol, quase o tamanho da cidade de São Paulo (152 mil ha).
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O site explica que a escalada do desmatamento no entorno da BR-319 começou em 2016, durante o governo Temer (2016-2018), quando o movimento para reconstrução da rodovia ganhou força.
“Em 2019, Jair Bolsonaro passou a anunciar que iria pavimentar a BR-319. Assim, em 2022, o desmatamento no raio de 50 km da rodovia já era mais que o triplo da média entre 2010 e 2015”, lembra.
Queda
O InfoAmazonia assegura que houve queda do desmatamento no entorno da estrada com o retorno de Marina Silva à pasta do Meio Ambiente.
Dessa forma, o desmatamento caiu pela metade, passando de 46,5 mil hectares em 2022 para 24,8 mil.
“Em 2024, a redução foi ainda mais expressiva, chegando a 13 mil hectares”, destaca.
“A ministra defende a realização de um estudo ambiental estratégico para avaliar de forma integrada os impactos da estrada sobre a floresta e as áreas protegidas. Aos senadores, ela afirmou ter o apoio do presidente Lula para realizar esses estudos, e rebateu as críticas: ‘Me tornei bode expiatório daqueles que fazem promessas e não cumprem’”, lembra o site.
Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil