Mansur e Sodré Neto, donos da Tumpex, são presos pela PF em Manaus

Outros investigados estão presos, mas os nomes não foram revelados.

Mansur e Sodré, donos da Tumpex, ganham liberdade

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 20/06/2023 às 09:10 | Atualizado em: 21/06/2023 às 16:10

Donos da Tumpex, empresa concessionária de coleta de lixo em Manaus, Mauro Lúcio Mansur da Silva e Jose Paulo de Azevedo Sodré Neto, foram presos nesta manhã (20) pela operação Entulho, da Polícia Federal (PF).

A informação é de advogados que acompanham clientes na ação.

Outros investigados estão presos, mas os nomes não foram revelados.

A Polícia Federal divulgou notícia dando conta dessa investigação, mas não deu nomes dos alvos, procedimento padrão da corporação.

De acordo com o texto, o objetivo é obter provas relativas às operações fraudulentas utilizadas para esconder a ocorrência de sonegação fiscal, obtenção de notas fiscais “frias” e lavagem de dinheiro.

Com a operação, os órgãos envolvidos apuram indícios encontrados durante as investigações de prática de diversos crimes.

Por exemplo, sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços de investigados e em empresas supostamente ligadas à organização criminosa.

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A investigação

As investigações tiveram início há três anos, quando foram detectados indícios de que empresas que atuam no ramo de coleta de lixo e limpeza pública comercializaram com empresas de fachadas.

Ou seja, consistindo na contabilização de despesas, produzidas a partir de notas fiscais de mercadorias e notas fiscais de serviços “frias”.

No âmbito da operação Entulho já foram identificados, até o momento, a participação de 31 empresas de fachada, escritório de contabilidade. Além de seus respectivos sócios e empregados das empresas de coleta de lixo e limpeza pública.

Essas empresas emitiram notas fiscais suspeitas de serem inidôneas, entre os anos calendário de 2016 e 2021, no valor total de R$ 245 milhões.

Trata-se de sonegação fiscal estimada em mais de R$ 100 milhões entre tributos federais, desconsiderando-se multa e juros.

Desse modo, tais transações acarretaram a geração de créditos indevidos de PIS e Cofins, bem como reduziu as bases de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Foram expedidos pela 2ª Vara Criminal, especializada no julgamento de crimes de lavagem de capitais, contra o sistema financeiro e cometidos por organizações criminosas os 13 mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão.

Foto: divulgação/Semcom