Mais votado vira o mais rejeitado na eleição da Defensoria

Rafael Vinheiro Monteiro Barbosa, mais votado na formação da lista tríplice da eleição para defensor-geral do Amazonas, tornou-se o mais rejeitado na fase final do processo.

Essa fase é a da palavra final, que cabe ao governador Wilson Lima (União). Compete ao chefe do Executivo estadual a nomeação ao cargo.

O que aconteceu?

Aliados do governador Wilson Lima consideram que a volta de Rafael ao comando da DPE seria passagem do abre-alas no órgão para o desfile do ex-vice-governador Carlos Almeida.

É que Rafael é amigo de Almeida, este que gozou de generoso espaço na Defensoria na gestão de o ex-chefe do órgão (2016 e 2020).

Mas Carlos Almeida, hoje, no governo, é um nome indizível. A pronúncia do ex-vice suscita desgraça. A ele é atribuído o inferno que viveu Wilson Lima em 2021.

Foi a tensão criada por Carlos Almeida com a ALE-AM que quase deixa Wilson Lima inviável em 2022.

Além disso, há outra questão. O ex-vice tem pretensões eleitorais para 2024.

Constrangimento

Além desse cenário, há outro fato criando problema para o mais votado: um abaixo-assinado.

Esse abaixo-assinado circula nos gabinetes e corredores da DPE.

A ideia do documento é apoio ao mais votado. O problema é que o abaixo-assinado está constrangendo os servidores do órgão.

Tudo isso veio à tona nesta quarta-feira (6), quando o governador prometeu tratar da eleição na DPE.

Pedidos e pedidos

Apesar de tudo isso contra Rafael Barbosa, pessoas muito próximas ao governador dizem que ele não deu ainda nenhum sinal sobre o caso.

Contudo, fazem questão de dizer que Wilson recebeu vários pedidos a favor dos três candidatos: Rafael Barbosa, Caroline Pereira de Souza e Messi Elmer Vasconcelos Castro.

Dessa maneira, todos, afirmam, pedidos de peso que podem influenciar na decisão do governador.

Foto: Adepam-AM