Liderança do PT reafirma compromisso com a verdade após denúncias

A secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Moura, do Amazonas, divulgou nota à imprensa neste dia 2 de maio sobre denúncias de uso indevido de recursos públicos em sua campanha para vereadora de Manaus em 2024. 

“As denúncias já foram esclarecidas. Confio na Justiça para apurar com base em provas reais. Supostos áudios estão sob análise judicial”, diz trecho da nota.

Gravações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo mostram Anne solicitando a um ex-aliado, Marcos Rodrigues, que verbas de um projeto de capacitação profissional, financiado pelo Ministério do Trabalho e gerido pela ong Instituto de Articulação de Juventude da Amazônia (Iaja), fossem direcionadas à sua campanha eleitoral. 

O projeto, com repasse de R$ 1,2 milhão, visava oferecer cursos a 750 jovens.

Além disso, Anne é acusada de tentar utilizar o Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC), do Ministério da Cultura, para fins eleitorais. Em áudios, ela menciona que o comitê deveria apoiar sua candidatura. 

A ministra Margareth Menezes negou qualquer autorização para tal uso e afirmou que as conversas citadas por Anne nunca ocorreram.

Em síntese, a petista amazonense nega as acusações e denuncia perseguição política. Conforme afirma em nota, as matérias na mídia são “uma tentativa clara” de apagar sua história.

Leia mais

Anne Moura se complica ainda mais com Lula e PT

O que diz 

Nota pública de Anne Moura

“Diante das recentes matérias que circularam a meu respeito, reafirmo meu compromisso com a verdade e com a trajetória que construí com trabalho e dedicação. Há uma tentativa clara de apagar minha história e deslegitimar o caminho que percorri como mulher eleita para representar as mulheres no Partido dos Trabalhadores desde 2017.

Minha atuação política começou aos 16 anos, nos movimentos sociais e estudantis, sempre comprometida com a transformação da realidade do povo.

Sobre as denúncias, tudo o que cabia esclarecer já foi dito. Agora, cabe à Justiça apurar os fatos com base em provas reais. Supostos áudios, cuja origem e legalidade precisam ser investigadas, estão em análise judicial, e aguardo com tranquilidade.

No último mês, estive afastada da vida pública para cuidar da minha mãe, que sofreu um AVC, como tantas mulheres que assumem os cuidados com a família.

Minha história foi construída com esforço e militância. Nada me foi dado, fui eleita. Sigo de cabeça erguida, com coragem e disposição para continuar lutando por um projeto político coletivo e popular”.

Foto: reprodução/redes sociais