Lava Jato: CNJ derruba afastamento da juíza substituta de Moro em Curitiba
Desembargadores do TRF-4 não tiveram mesma sorte

Mariane Veiga
Publicado em: 16/04/2024 às 21:20 | Atualizado em: 16/04/2024 às 21:35
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por maioria, decidiu nesta terça-feira (16) derrubar os afastamentos dos juízes Gabriela Hardt e Danilo Pereira, da Lava Jato.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, havia, nesta segunda (15), determinado o afastamento de Hardt e Pereira Júnior.
Eles são, respectivamente, ex e atual titular da 13ª Vara de Curitiba, responsável Operação pela Lava Jato.
O ministro também afastou os desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima.
Salomão afirmou que os magistrados cometeram irregularidades na condução de processos e violações de deveres funcionais.
Ele cita o desrespeito a decisões do Supremo Tribunal Federal em relação à Lava Jato.
No caso dos desembargadores, o CNJ decidiu manter os afastamentos.
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A decisão de Salomão entrou na pauta do CNJ nesta terça. A maioria dos conselheiros discordou do corregedor sobre o afastamento dos juízes.
Entre eles, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Hardt substituiu o ex-juiz Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, que comandou a Lava Jato.
A juíza foi responsável pela homologação de um acordo que viabilizou a criação de uma fundação privada que seria abastecida com recursos do pagamento de multas da Petrobras em investigações da Lava Jato.
A fundação teria integrantes da força-tarefa entre seus gestores. Toda a arquitetura do fundo foi visto como uma irregularidade por Salomão. Os valores chegariam a R$ 3,5 bilhões.
Ao determinar o afastamento dos juízes, o corregedor ressaltou os feitos da Lava Jato, citou que a investigação produziu achados relevantes para o país, mas que, em dado momento, “descambou para a ilegalidade”.
As informações são do G1.
Foto: conjur.com