Íntimo de Eduardo Braga, bilionário cresce olho na compra da Eletrobrás

As notícias de venda da Eletrobrás já foram generosas para os cofres de Parisotto. As ações da empresa pública já lhe renderam 121% de lucro em apenas 12 meses

Tiradentes desnuda plano de Braga e Parisotto na venda da Eletrobrás

Ferreira Gabriel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 20/05/2022 às 10:16 | Atualizado em: 20/05/2022 às 10:16

Um dos homens mais ricos do Brasil, o bilionário Lírio Parisotto, amigo íntimo do senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, acompanhou de lupa o julgamento do processo que autorizou a privatização da Eletrobrás, no Tribunal de Contas da União (TCU) no dia 18.

Além de Parisotto, outros seis dos 22 maiores bilionários do país que são acionistas da Eletrobrás. O interesse é que a empresa pública os tornem ainda mais ricos sob seu controle. Da mesma forma que já aconteceu com a venda de distribuidoras como a Amazonas Energia, que tornou mais difícil a vida dos brasileiros da região Norte após a privatização.

Os maiores interessados na venda da Eletrobrás pelo governo Bolsonaro, além de Parisotto, são Jorge Paulo Lemann, o mais rico do país, com R$ 75 bilhões na conta. E Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira, Alexandre Behring, José João Abdalla Filho, o Juca Abdalla.

As notícias de venda da Eletrobrás já foram generosas para os cofres de Parisotto. As ações da empresa pública já lhe renderam 121% de lucro em apenas 12 meses.

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Privilégios de Braga a Parisotto

“Parisotto chegou a ser denunciado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por supostamente ser destinatário de informações privilegiadas sobre a privatização da estatal por conta de sua amizade com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que foi favorável à venda em votação no Congresso. Parisotto sempre negou qualquer benefício com a amizade”.

Seus investimentos têm proteção de corretora ligada ao banco Genial. Este foi a empresa contratada pelo BNDES para estruturar a venda da Eletrobrás. Além disso, o Genial é acionista da Eletrobrás.

“Quem está interessado na Eletrobras são os bancos nacionais e internacionais, que inclusive já têm participação na estatal”, afirmou Leonardo Maggi, membro da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que é contra a privatização. “Eles já controlam boa parte do setor elétrico brasileiro”.

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Foto: Reprodução/TV