Indústrias do Amazonas pegam leve com relatório do Banco Mundial
Cieam diz que, no contexto geral, a publicação busca estimular melhorias e contribuir com um ambiente mais competitivo no cenário global

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 12/05/2023 às 17:37 | Atualizado em: 12/05/2023 às 17:41
Três dias depois do lançamento do relatório do Banco Mundial “Equilíbrio Delicado para a Amazônia Legal Brasileira – Um Memorando Econômico”, que, em tese, critica a eficiência da Zona Franca de Manaus (ZFM), o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam) fez sua manifestação pública a respeito do documento.
Contrariamente ao frisson, críticas e discursos inflamados principalmente por parte de parlamentares do Amazonas, a entidade representativa da indústria pegou leve com o Banco Mundial.
Assim, após 72 horas de análise do denso documento, por sua assessoria econômica, o centro das indústrias emitiu, nesta sexta-feira (12) uma nota curta em que esclarece pontos do polêmico relatório do Word Bank.
Dessa forma, o Cieam diz que a entidade sempre considerou, e considera, o Banco Mundial um importante aliado do desenvolvimento regional da Zona Franca de Manaus, e do combate às desigualdades regionais.
Neste sentido, apesar dos recortes críticos publicado pelas mídias, as indústrias entendem que, no contexto geral, a publicação busca estimular melhorias que possam contribuir com um ambiente mais competitivo no cenário global.
E prossegue:
“Como foi apontando no relatório, a Amazônia vale sete vezes mais em pé, cerca de US$ 317 bilhões por ano, e esta possibilidade de geração de riqueza precisa atingir as comunidades. Por isso, o objetivo do Cieam é fortalecer as relações com esse importante agente de desenvolvimento regional que comunga das mesmas preocupações, principalmente neste contexto da geração de riqueza alinhada com a preservação ambiental”, diz a nota da entidade industrial do Amazonas.
Convite ao banco
Além disso, o Cieam ressalta que tem por princípio a busca permanente do diálogo com agentes que visem o desenvolvimento, por meio do debate saudável e propositivo. Por conta disso, a instituição adotará como estratégia, um convite ao Banco Mundial para debates com especialistas da região.
“O intuito é entender melhor os apontamentos, fazer os devidos esclarecimentos, para que, de forma conjunta, sejam propostas políticas que que contribuam com melhorias nos ambientes de negócios”, encerra o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas.
Até esta publicação, o Banco Mundial, pelo segundo dia consecutivo, não respondeu aos questionamentos feitos pelo BNC sobre o relatório “Equilíbrio Delicado para a Amazônia Legal Brasileira – Um Memorando Econômico” e as supostas críticas ao modelo Zona Franca de Manaus.
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