Indústria reage a pagar a conta da reforma do setor elétrico

Presidente da CNI aponta que MP do governo traz prejuízos ao setor produtivo.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 27/05/2025 às 09:37 | Atualizado em: 27/05/2025 às 09:37

A indústria no Brasil não aceitará os custos da reforma do setor elétrico, conforme afirmou o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Antonio Ricardo Alvarez Alban.

Ontem (26), Alban afirma que há pontos positivos na proposta, mas ter uma das contas mais caras do mundo é “inaceitável”. Como informa o Poder360.

“Há pontos positivos, como os benefícios para pequenos consumidores e a maior abertura do mercado livre, mas não podemos aceitar pagar essa conta. O aumento dos custos da tarifa de energia não deveria sequer ser cogitado. Somos um país que produz energia barata, mas que tem uma das contas mais caras do mundo. Isso é inaceitável”, afirmou.

Assim, Alban participou do evento de celebração ao Dia Nacional da Indústria, na sede da Confederação em Brasília.

Ainda segundo a publicação, o presidente Lula da Silva (PT) assinou na quarta-feira (21) a MP (medida provisória) da reforma do setor elétrico.

Com isso, o texto, discutido em reunião reservada com líderes do Congresso, amplia o alcance da Tarifa Social de energia elétrica e avança na abertura do mercado livre para consumidores de baixa tensão.

Dessa forma, a CNI se preocupa com as discussões em torno de alguns assuntos que estão na pauta dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário de “extrema importância para o país, que exigem cautela, bom senso, equilíbrio e, principalmente, discernimento para colocarmos em primeiro lugar o desenvolvimento social e econômico do Brasil”, segundo Alban.

Para o presidente da CNI o setor está sendo constantemente surpreendido com a condução de projetos e debates pelos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário sem ser ouvido.

Portanto, segundo ele, as decisões “só aumentam custos e podem comprometer de forma contundente o setor industrial brasileiro”.

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Foto: CNI/divulgação