Ibama destrói estrutura logística do garimpo em terra ianomâmi
A operação, que começou em fevereiro deste ano de forma continuada, resultou na destruição de um depósito dos garimpeiros na terra indígena
Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 23/10/2023 às 20:24 | Atualizado em: 23/10/2023 às 20:49
O Ibama e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) destruíram uma estrutura logística utilizada por garimpeiros ilegais na terra indígena dos ianomâmis no último sábado (21).
A operação Xapiri, que começou em fevereiro deste ano de forma continuada, resultou na destruição de um depósito dos garimpeiros na terra indígena.
De acordo com o órgão, os seguranças do local levaram os agentes das duas instituições ao local.
No depósito, foram encontradas peças de reposição de aeronave, 1.500 litros de combustível, arma de fogo, ouro, gerador de energia, placas de energia solar e antena de internet portátil dentre outros insumos próprios da mineração criminosa.
“Parte do material encontrado foi destruída no local em razão da impossibilidade de removê-los. Dois veículos foram apreendidos e cerca de meia tonelada de alimentos foram doadas. Os vigias da pista de pouso foram detidos e conduzidos à delegacia da Polícia Federal (PF), em Boa Vista (RR)”, diz nota do Instituto.
Leia mais
Garimpeiros são presos e dragas destruídas em terra ianomâmi
O órgão sustentou que o garimpo ilegal, além de gerar o desmatamento das áreas de preservação permanente, deixa um rastro de miséria e violência aos moradores das terras indígenas e áreas próximas.
“Também causa problemas ambientais, como a poluição dos rios por sedimentos advindos da mineração e pelo mercúrio, utilizado na extração de ouro ilegal que causa severos danos neurológicos”.
O Ibama diz ainda que o garimpo ilegal de cassiterita também é comum na região, causando todos os problemas socioambientais gerados pela exploração ilegal.
Com a manutenção das operações na terra Ianomâmis, agente do Ibama e da Polícia Federal identificaram migração de garimpeiros para outras regiões e até para países vizinhos.
Os garimpeiros expulsos estão migrando para Venezuela, Guiana Francesa, Colômbia e Peru.
Foto: divulgação