Herdeiros da Arena, de apoio à ditadura, PP e União Brasil se reagrupam
A partir deste 29 de abril, os partidos que têm certidão de nascimento do regime antidemocrático se reencontram em federação

Mariane Veiga
Publicado em: 28/04/2025 às 21:58 | Atualizado em: 28/04/2025 às 23:14
O PP e o União Brasil anunciarão nesta terça-feira (29) a criação de uma federação partidária batizada de União Progressistas, que deve ser a maior força do Congresso Nacional.
A aliança é vista como forte impacto político e eleitoral por reunir partidos que compartilham raízes na Arena, legenda de sustentação da ditadura militar (1964–1985), e no seu sucessor, o PDS.
Segundo cientistas políticos, a nova federação representa um retorno simbólico às origens da direita institucional no país.
Dessa forma, a movimentação ocorre em um contexto de fortalecimento do Congresso frente ao Executivo, impulsionado pelo controle de emendas parlamentares.
A federação permitirá que PP e União Brasil ampliem seu poder de barganha e influência nas eleições de 2026, especialmente em disputas ao Legislativo e em composições para chapas majoritárias.
Embora tenham integrantes no atual governo Lula, os dois partidos mantêm forte alinhamento à direita e proximidade com o bolsonarismo.
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Com Jair Bolsonaro inelegível, nomes como Ronaldo Caiado (União-GO), que se opôs à federação, e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) surgem como potenciais presidenciáveis.
A federação será liderada alternadamente por Antonio Rueda (União Brasil) e Arthur Lira (PP), dois nomes centrais no cenário político atual.
Diferentemente de coligações eleitorais, a federação exige atuação conjunta por quatro anos, inclusive nas eleições majoritárias, o que tem gerado resistências regionais.
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Foto: divulgação