Guedes passa na CCJ antes de audiência pública na CAE, de Omar

Guedes Omar e Guedes

Publicado em: 26/03/2019 às 08:45 | Atualizado em: 26/03/2019 às 08:45

O ministro da Economia Paulo Guedes será ouvido em audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), presidida pelo senador Omar Aziz (PSD), nesta quarta-feira, dia 27.

O principal assunto a ser tratado é a proposta de reforma da Previdência, que foi encaminhada pelo governo à Câmara dos Deputados na forma da proposta de emenda à Constituição (PEC) 6/2019.

Hoje, às 14h, Guedes tem reunião na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara para tratar do mesmo assunto. É na CCJ, que os deputados avaliam se a proposta está de acordo com a Constituição.

A ida do ministro em ambas as comissões  está sendo considerada um teste de aceitação da reforma.

 

Leia mais 

Bolsonaro manda Guedes dizer ao Amazonas que não mexe na ZFM

 

Em estimativas recentes, Guedes avaliou que o governo tem 260 votos, dos 308 necessários para a aprovação da proposta. Mas, nesta segunda, o vice-presidente da casa Marcos Pereira (PRB-SP), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não tem nem 50 deputados ao lado da Previdência, dado o desgaste público dos últimos dias entre ele e  o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Lei Kandir

Amanhã, na CAE, outro tema que será debatido com Guedes será o endividamento dos estados brasileiros e repasses da Lei Kandir. A legislação isenta do pagamento de ICMS as exportações de produtos primários e semielaborados ou serviços.

A lei, de 1996, também determina compensação aos estados e municípios prejudicados pela perda de arrecadação. Como a compensação nunca foi regulamentada, os repasses previstos na Lei Kandir são objeto de negociações com o Executivo antes da votação do Orçamento da União. Os repasses, porém, são considerados insuficientes pelos governadores e demais representantes de estados exportadores.

A Lei Kandir garantiu aos estados o repasse de valores a título de compensação pelas perdas decorrentes da isenção de ICMS, mas a Lei Complementar 115, de 2002 — uma das que alterou essa legislação —, embora mantendo o direito de repasse, deixou de fixar o valor. Com isso, os governadores precisam negociar a cada ano com o Executivo o montante a ser repassado, mediante recursos alocados no Orçamento Geral da União.