Governo pode endurecer medidas pelo isolamento dos amazonenses
Novas medidas pela valorização do isolamento contra coronavírus podem sair de reunião do governador Wilson Lima com vários setores neste dia 12

Aguinaldo Rodrigues, da Redação*
Publicado em: 11/05/2020 às 18:57 | Atualizado em: 11/05/2020 às 18:57
Neste dia 12, véspera de vencer prazo do decreto de restrição de atividades no Amazonas, o governador Wilson Lima se reúne com outros poderes. Na pauta, a possibilidade de baixar medidas mais rígidas pelo isolamento contra o coronavírus (covid-19).
Tais ações, se decretadas, serão em decorrência do avanço da doença no estado, no momento em que ultrapassa mil mortos pelo vírus. Entidades representativas da sociedade cobram essas medidas diante da inobservância crescente do amazonense pelo isolamento.
Neste fim de semana, diversas situações de aglomerações e desprezo pelo risco de contaminação foram flagradas na capital, principalmente.
De acordo com o governador, suas ações são baseadas em estudo encomendado para avaliar o índice de incidência do coronavírus e seu pico. Este, segundo esse levantamento, alcançou o Amazonas no início deste mês.
“Amanhã estarei [me] reunindo com os poderes, com a indústria e o comércio para reavaliar a possibilidade de estabelecermos medidas mais restritivas”.
Conforme Wilson, quanto maior for o isolamento, mais rápida é a possibilidade de retomada da rotina normal do estado.
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Herança caótica
Sobre a precariedade da rede de saúde, o governador atribuiu à situação que herdou do governo anterior. “Isso acabou fazendo com que nós tivéssemos superlotação nas unidades”, disse.
Por exemplo, citou o hospital Delphina Aziz, referência para tratar doentes de coronavírus.
“Nós colocamos para funcionar aqui um hospital que só funcionava com 30% da sua capacidade. Dos 350 leitos que tínhamos aqui, apenas 130 estavam em funcionamento, e nós colocamos esse hospital para funcionar com toda a sua totalidade”.
Destacou, ainda, o hospital da Universidade Nilton Lins.
“Nesse hospital já temos algo em torno de cem leitos, sendo 16 UTI e os outros clínicos, e com capacidade de aumentar até 400, de acordo com o retorno que a gente tiver do governo federal”.
*Texto organizado com informações da Secom/Governo
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