PGR contra soltura de general acusado de plano golpista
Órgão foi contrário ao pedido de habeas corpus do general Mário Fernandes, preso por suposto plano golpista. Defesa nega envolvimento e alega falta de provas concretas.

Diamantino Junior
Publicado em: 25/12/2024 às 17:09 | Atualizado em: 25/12/2024 às 17:10
O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, reafirmou sua posição contra o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa do general Mário Fernandes, preso preventivamente desde 19 de novembro. A manifestação foi publicada nesta terça-feira (24/12), sustentando que não há novos elementos capazes de justificar a soltura do militar.
“A situação fática e jurídica que autorizou a decretação da prisão preventiva de Mário Fernandes mantém-se inalterada”, diz o parecer da PGR.
O texto destaca que os argumentos apresentados pela defesa não afastam as razões que fundamentaram a prisão, apontando, inclusive, o risco concreto à ordem pública devido à influência do general sobre outros investigados.
Acusações contra Mário Fernandes
De acordo com a Polícia Federal (PF), Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro, é acusado de elaborar o plano “Punhal Verde e Amarelo”.
O documento supostamente propunha o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação Contragolpe da Polícia Federal resultou na prisão do general no Rio de Janeiro, com transferência posterior para Brasília, onde está sob custódia do Comando Militar do Planalto.
Defesa nega envolvimento
A defesa de Mário Fernandes nega as acusações, alegando que o documento apontado como plano golpista jamais foi entregue a qualquer pessoa. Segundo o advogado Marcus Vinicius Figueiredo, a investigação não conseguiu comprovar o envolvimento direto do general no suposto esquema.
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O caso continua em análise no Supremo Tribunal Federal, com a prisão preventiva mantida até o momento.
A PGR enfatizou que a gravidade das acusações exige a manutenção da medida, reforçando o compromisso com a ordem pública e a estabilidade institucional.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil