Governo diz preparar plano para evitar falta de gás de cozinha em Manaus

O governo federal adota medidas emergenciais para evitar o desabastecimento de gás e insumos em Manaus.

Petrobrás causa alto risco de dano ambiental no rio Amazonas

Iram Alfaia , do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 04/09/2024 às 17:42 | Atualizado em: 04/09/2024 às 17:44

O governo do presidente Lula da Silva corre para evitar que Manaus fique desabastecida do gás de cozinha. Por causa da seca dos rios, os navios tanques que transportam o produto (GLP-Gás Liquefeito de Petróleo) de Coari até a capital estão com dificuldade na navegação.

De acordo com o Poder 360, o governo estuda realizar o transporte em balsas nos trechos onde a água está mais baixa.

Essa alternativa logística está sendo tratada com a Transpetro, empresa responsável pelo carregamento do combustível.

Para o transporte de contêineres, que abastecem as indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM) com insumos, o governo estuda como alternativa descarregar os navios em embarcações menores equipadas com guindastes para retirar as cargas.

O governo também está ciente de que ambas intervenções logísticas vão provocar aumento no preço dos insumos.

Outra preocupação é com o desabastecimento generalizado da capital amazonense.

A saída é manter o fornecimento de itens por meio do porto de Itacoatiara, município próximo a foz do rio Amazonas e que tem ligação rodoviária com a capital (176 quilômetros).

O governo estadual instalou no município dois portos provisórios que serão utilizados para o embarque e desembarque de cargas e insumos durante a vazante dos rios do estado.

Os portos são uma alternativa para evitar prejuízos e desabastecimento de produtos para a indústria e comércio do Amazonas durante o período da seca.

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“O objetivo de colocar essas estruturas aqui é para que a navegação com contêineres que levam insumos para a Zona Franca, e que saem com produtos para o restante do Brasil, não seja interrompida. É claro que existe um custo dessa operação, mas diminui e muito o impacto do prejuízo se comparado com o que aconteceu no ano passado, quando os terminais ficaram praticamente dois meses parados sem operação nenhuma”, afirma o governador Wilson Lima.

Seca

De acordo com o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), o rio Solimões atingiu na última sexta-feira (30) o nível mais baixo já registrado na história.

A cota medida foi de -0,94 metro na cidade de Tabatinga. Os dados apontam que essa é a maior seca, pelo menos dos últimos 40 anos.

Foto: divulgação