Gabinete do ódio já tem data e local definidos para ser julgado

Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas, sendo 11 militares do Exército e um policial federal.

Gabinete do ódio

Bruna Lira, da Redação do BNC Amazonas 

Publicado em: 19/03/2025 às 11:25 | Atualizado em: 19/03/2025 às 11:44

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para os dias 8 e 9 de abril o julgamento do terceiro núcleo da trama golpista que tentou subverter a democracia no governo de Jair Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o grupo de planejar “ações táticas” para executar o golpe. Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas, sendo 11 militares do Exército e um policial federal.

Diante da gravidade das acusações, o ministro Cristiano Zanin marcou as datas do julgamento. Logo depois, o relator do caso, Alexandre de Moraes, liberou o processo para análise. Nesse contexto, a Primeira Turma do STF, responsável pelo julgamento, será composta por Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Zanin.

Gabinete do ódio

Além disso, a lista de acusados evidencia o alto escalão da conspiração. Entre os envolvidos estão os generais Estevam Theophilo e Nilton Diniz Rodrigues. Da mesma forma, fazem parte do grupo os coronéis Bernardo Romão Correa Netto, Fabrício Moreira de Bastos, Márcio Nunes De Resende Júnior e Rodrigo Bezerra De Azevedo. Além deles, os tenentes-coronéis Cleverson Ney Magalhães, Hélio Ferreira, Rafael Martins De Oliveira, Ronald Ferreira De Araújo Júnior e Sérgio Ricardo Cavaliere De Medeiros também são apontados como conspiradores. Por fim, o policial federal Wladimir Matos Soares completa a lista de denunciados.

Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os envolvidos se tornarão réus e responderão a uma ação penal no STF. Além disso, o julgamento ocorre poucos dias antes da análise do núcleo principal da conspiração. No dia 25 de março, o tribunal julgará Jair Bolsonaro e seus aliados diretos.

Até agora, a Justiça já puniu diversos golpistas de diferentes setores. Agora, porém, o STF avança sobre os mentores militares do esquema. Dessa maneira, o tribunal se torna, mais uma vez, o palco da responsabilização daqueles que tentaram sabotar a democracia brasileira.

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