Fieam e Eletros alertam para prejuízos à ZFM com greve de auditores federais

Empresas já enfrentam paralisações por falta de insumos, e cenário pode piorar, alertam entidades do setor industrial.

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Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 30/04/2025 às 09:13 | Atualizado em: 30/04/2025 às 09:13

A greve dos auditores da Receita Federal, iniciada em novembro de 2024, começa a causar impactos significativos na Zona Franca de Manaus (ZFM).

Segundo a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) e a Fieam (Federação das Indústrias do Amazonas), os prejuízos ao polo industrial já são concretos.

Conforme as entidades, os danos tendem a se agravar caso a paralisação continue e o governo federal não tome uma providência.

O presidente da Eletros, José Jorge Nascimento Júnior, declarou ao portal Único que empresas de ar-condicionado instaladas em Manaus estão prestes a paralisar linhas de produção por falta de insumos essenciais, como o gás refrigerante.

Segundo ele, a operação padrão adotada pelos auditores é responsável por atrasos superiores a 30 dias na liberação de mercadorias importadas.

“O caos está se instalando no polo industrial da ZFM. Fabricantes de TV, micro-ondas e outros produtos enfrentam dificuldades graves para manter suas operações, diante da demora exagerada na liberação de insumos”.

Como resultado, Nascimento Júnior disse que a Eletros já levou o problema ao Ministério da Fazenda e à Superintendência da Receita Federal, mas ainda não houve avanço na solução do entrave à economia.

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Produção em risco

O presidente da Fieam, Antônio Silva, reforçou a preocupação da Eletros.

Para ele, os efeitos da greve podem comprometer seriamente a produção industrial da região.

“As empresas estão sendo diretamente afetadas, e isso representa um risco para a sustentabilidade econômica do polo e para os empregos gerados pela indústria local”.

A greve dos auditores fiscais, motivada por reivindicações salariais e estruturais, já se arrasta há mais de cinco meses.

Enquanto não há acordo entre a categoria e o governo federal, as entidades industriais cobram medidas urgentes para garantir o funcionamento regular do polo industrial de Manaus, que depende fortemente da importação de componentes.

Foto: reprodução