Fake news: Moraes manda investigar gente do Google e Telegram

Ministro abre inquérito contra Google e Telegram por desinformação sobre o Projeto de Lei das Fake News

Moraes rejeita pedido de devolução de passaporte a Bolsonaro

Diamantino Junior

Publicado em: 12/05/2023 às 17:36 | Atualizado em: 12/05/2023 às 17:36

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para investigar diretores do Google e do Telegram. A investigação foi solicitada pela Procuradoria Geral da República (PGR), com base em uma manifestação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. A informação é do portal brasil 247.

O inquérito, que não está sob sigilo, terá a Polícia Federal (PF) responsável por identificar e interrogar os diretores e responsáveis do Google Brasil e do Telegram Brasil envolvidos na suposta campanha abusiva contra o Projeto de Lei das Fake News.

Além disso, a PF realizará perícia em todas as postagens, publicações e mensagens mencionadas como elementos de desinformação.

O inquérito terá como ponto de partida a análise da publicação na página inicial do Google, na qual a plataforma alega que o projeto pode “piorar a internet”.

Também serão investigadas as mensagens enviadas pelo Telegram aos usuários afirmando que a proposta é uma forma de censura.

O presidente da Câmara dos Deputados acusa as empresas de adotarem práticas “contundentes e abusivas” contra o projeto de lei que busca regular as redes sociais.

Leia mais

Telegram cobrado a explicar disparo em massa contra projeto das fake news

A vice-procuradora geral da República, Lindôra Araújo, ressaltou a necessidade de investigar as condutas relatadas pela Câmara dos Deputados e apurar possíveis crimes contra as instituições democráticas, a ordem consumerista, a economia e as relações de consumo.

Recentemente, o ministro Moraes determinou ao Telegram a exclusão de mensagens contrárias ao projeto e a publicação de uma retratação. O Google também foi obrigado a identificar como publicidade uma página que criticava o projeto.

Foto: Fábio Rodrigues/Pozzebom/AgBr