Ex-vice de Braga diz que ministério foi usado nas eleições 2024

Reportagem de página inteira e manchete no site do Estadão põe a amazonense Anne Moura no centro de uma polêmica.

A confusão tem como base a gravação de um áudio não autorizada a que o Estado de S.Paulo teve acesso.

Nela, Anne revela que o Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC), criado em 2023, foi usado para eleger aliados do governo Lula em 2024.

O programa prevê uma verba de R$ 58,8 milhões até o fim deste ano. Anne Moura, presidente da Secretaria Nacional de Mulher do PT, foi vice do senador Eduardo Braga (MDB) na chapa derrotada ao governo em 2022. Em 2024, ela disputou vaga de vereadora em Manaus, mas não foi eleita.

Na gravação, Anne classifica como “absurdo” o fato do Comitê de Cultura do Ministério da Cultura (MinC) não ajudá-la em sua campanha à vereadora.

“Para Anne Moura, ainda na gravação, o foco da política pública do comitê de cultura deveria ser os aliados do PT por uma espécie de retribuição pelo que os correligionários fizeram em defesa de Lula e do partido no período em que o atual presidente esteve preso cumprindo pena da Operação Lava Jato – todas as condenações foram derrubadas depois que restou demonstrada a parcialidade do juiz do caso e erros na condução dos processos”, escreve o Estadão.

Anne Moura esteve entre os petistas que foram para a frente da prisão, em Curitiba, onde Lula ficou preso 580 dias.

Por causa disso, Anne ganhou respeito junto ao próprio Lula e à cúpula do PT. No partido, ela goza de prestígio. Tanto o é que foi mantida secretária nacional de Mulheres.

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Fotos: reprodução