Ex-procurador e Joesley viram réus na Justiça Federal por corrupção

EX-PROCURADOR JOESLEY REUS MILLER

Publicado em: 28/06/2018 às 18:34 | Atualizado em: 28/06/2018 às 18:34

O ex-procurador da República Marcello Miller (foto), o empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa e do Grupo J&F, e mais duas pessoas se tornam réus em processo na Justiça Federal de Brasília.

A denúncia contra eles, oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), foi aceita nesta quinta-feira (28).

Com a decisão, também passaram à condição de réus Francisco de Assis e Silva, ex-executivo do grupo e um dos delatores, e a advogada Ester Flesch, uma das sócias do escritório de advocacia que contratou Miller.

De acordo com a denúncia, na gestão do então procurador-geral da República Rodrigo Janot, Marcello Miller atuou em favor da J&F durante o processo de assinatura do acordo de delação.

Segundo a acusação, documentos trocados entre o ex-procurador e integrantes do escritório de advocacia que o contratou comprovariam o “jogo duplo” no caso.

Segundo o MPF, Miller aceitou promessa de receber vantagem indevida no valor de R$ 700 mil para orientar os administradores da J&F a celebrar o acordo de confidencialidade, que depois resultou no acordo de colaboração premiada.

 

EX-PROCURADOR JOESLEY REUS JUSTICA

O empresário Joesley Batista responderá a mais um processo na Justiça por corrupção
Foto: EBC

 

Após o envio da denúncia, em nota, a defesa de Joesley Batista negou que tenha oferecido vantagens ao ex-procurador.

Também por meio de nota, a defesa do ex-procurador Marcello Miller alega que a denúncia não especifica qual vantagem financeira teria sido recebida pelo procurador da República e que a única oferta recebida foi a de emprego, que foi recusada.

A defesa de Francisco de Assis, por sua vez reafirmou que a J&F contratou o escritório Trench, Rossi e Watanabe – banca até então referência em integridade – para assessorá-la no acordo de leniência.

Por isso, alega que não tinha motivos, portanto, para suspeitar de qualquer irregularidade na atuação de Marcelo Miller, sócio do escritório.

Fonte: Agência Brasil

 

Foto: Alex Lanza/MP-MG/Arquivo