Escolha do novo líder da bancada da ‘bíblia’ causa briga

O deputado federal Silas Câmara foi acusado de fraudar a eleição para novo líder da bancada

Deputado nega ter oferecido partido a Amazonino: 'Isso não vai acontecer'

Ferreira Gabriel

Publicado em: 02/02/2023 às 17:53 | Atualizado em: 02/02/2023 às 17:53

A Frente Parlamentar Evangélica anulou nesta quinta-feira a eleição do novo presidente da bancada. Foi a primeira vez na história que o grupo criado em 2003 não escolheu o seu representante por aclamação e precisou recorrer às urnas.

O motivo partiu em meio a uma briga envolvendo o uso da cédula impressa e o sistema interno da Câmara.

Ligado à Assembleia de Deus da região Norte, o deputado Silas Câmara (Rep-AM) era considerado o favorito para derrotar o deputado Eli Borges (PL-TO) e o senador Carlos Viana (Podemos-MG).

O parlamentar amazonense foi acusado de fraudar a eleição do novo líder da bancada. A denúncia foi feita pelo deputado Otoni de Paula (MDB-RJ).

Nos últimos dias, Eli chegou a despontar com força, devido à articulação do PL e da desistência do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que declarou voto nele.

Quando a eleição por cédula estava se encaminhando para o fim, o grupo de Eli começou a questionar supostos indícios de fraude no registro de votos.

“Se for declarado um vencedor, eu vou judicializar porque essa eleição foi fraudada”, declarou Otoni de Paula, ao se retirar irritado no meio da reunião da bancada evangélica. Segundo ele, parlamentares que não estavam subscritos como membros da Frente votaram em Silas Câmara.

Devido à confusão, a reunião durou 4 horas e terminou sem se chegar a uma definição. A eleição foi remarcada para a segunda quinzena de fevereiro.

“A minha decisão foi pela nulidade da eleição. Vou publicar um novo edital. Nós tivemos dificuldades por causa do sistema de informática da Câmara”, disse o atual presidente da Frente, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado