Empregos: Indústria de olho em iminente recorde da ZFM

Líderes empresariais do polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) monitoram com expectativa a divulgação dos próximos indicadores da indústria do Amazonas.

Com recordes sobre recordes em faturamento e produtividade, os olhares agora se voltam para os empregos. A ânsia é que já em abril o número de mão de obra ultrapasse a marca de 130 mil trabalhadores no distrito industrial da ZFM.

Se isso se confirmar, significará recorde após 12 anos. Isso porque o maior número de empregos na indústria da ZFM é do ano de 2013, pré-crise econômica. Depois disso, as contratações despencaram.

Esse otimismo aparece num documento chamado “Indicadores de desempenho – Suframa – março 2025”, que a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) distribuiu a seus associados.

Nesse documento, sobre a atividade industrial do Amazonas nos primeiros três meses de 2025, a entidade destaca o crescimento do faturamento, o aumento na aquisição de insumos e a elevação na contratação de mão de obra.

• Os números mostram as seguintes altas:
• – Faturamento – crescimento de 14,52%
• – Aquisição de Insumos – aumento de 17,01%
• – Mão de obra – crescimento de 6,38% nos dez principais setores

Para o presidente da Fieam, Antônio Silva, a indústria da Zona Franca de Manaus deve fechar 2025 estabelecendo uma nova marca no nível de empregos. Para ele, na casa de 140 mil empregos.

O número já poderia ter superado 130 mil ocupações, não fosse uma variável, que, para Antônio Silva, já interferiu. “Os números, apesar do crescimento do faturamento, apresentam oscilações que denotam o momento de instabilidade econômica e política”, observa.

Nesse sentido, o líder empresarial aponta a causa.

“Os indicadores de fevereiro foram moderadamente impactados pela greve dos auditores fiscais e pela perspectiva econômica negativa, influenciada pelas disputas comerciais internacionais, alta dos juros e pressão inflacionária”.

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Fator automação

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Júnior, concorda com Antônio Silva. Mas ele faz um observação. O crescimento da mão de obra naa empresas da ZFM acontece num momento de alto de grau de automação da indústria local.

O presidente da Eletros analisa o setor pelo qual responde.

“O setor eletroeletrônico está sendo preponderante. O setor eletroeletrônico é altamente automatizado. E, mesmo assim, a gente chegar a 130 mil empregos é a prova de que a produtividade está muito alta e que requer, mesmo no momento de automação, de muita mão de obra”, destacou.