Em Manaus, Gilmar defende unir presidencialismo e parlamentarismo

Publicado em: 26/07/2017 às 17:51 | Atualizado em: 26/07/2017 às 17:56
Por Lúcia Carla Gama, especial para o BNC
Em função do que considera “um quadro de grande instabilidade”, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, sugere um novo modelo de governo para o Brasil: o chamado semipresidencialismo, que une parlamentarismo com presidencialismo.
Em entrevista no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) nesta quarta, dia 26, Gilmar defendeu a necessidade de separar a chefia do estado do comando do governo.
“Só assim haverá menos perdas todas as vezes que virmos um quadro de não governabilidade, como aconteceu no início do segundo mandato da ex-presidente Dilma e acabou levando ao impeachment, o que é muito traumático para todo o país”, afirmou o ministro.
Ele afirma que tem abordado o tema nas discussões sobre reformas e avalia ser necessário pensar de uma vez por todas em mudanças mais profundas em todo o sistema político-eleitoral.
Gilmar lembrou que, desde a Constituição de 1988, há 29 anos, o Brasil teve cinco presidentes da República, sendo Michel Temer (PMDB) o quinto, e destes somente dois concluíram o mandato.
“Fazendo esta avaliação fria já percebemos a grande instabilidade a qual estamos expostos. E não podemos continuar dessa forma, sob pena de maiores prejuízos à nação”, disse o presidente da corte.
Foto: BNC