Eleita reitora, Tanara Lauschner mira na recuperação do prestígio da Ufam
A nova reitora da Universidade Federal do Amazonas, militante histórica do PCdoB, diz que vai lutar por mais recursos, modernizar a gestão e melhorar as relações com as autoridades.

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 15/04/2025 às 17:11 | Atualizado em: 15/04/2025 às 17:12
A professora Tanara Lauschner, eleita nesta segunda-feira (14) à noite reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), diz que vai concentrar esforços para recuperar o prestígio da instituição, uma das mais importantes da região Norte.
Em segundo turno da eleição, a chapa 57, de Tanara e seu vice Geone Maia, obteve 52,86% dos votos. A chapa derrotada, a 25, do professor Marcão e Armando Júnior, ficou com 47,14%.
A nova reitora, militante histórica do PCdoB, disse que para recuperar o protagonismo da Ufam na sociedade amazonense vai lutar por mais recursos, modernizar a gestão e melhorar as relações com as autoridades.
Embora esteja entre as 50 melhores universidades do Brasil, a nova reitora diz que a Ufam enfrenta problemas sérios na área de infraestrutura.
“A gente tem algumas questões que são muito urgentes. Por exemplo, a gente tem muito problema de falta de luz, da falta de água, de segurança e do transporte coletivo não só do Campus de Manaus, mas no interior que não tem. Isso passa por conversas com as prefeituras”, explica a reitora ao BNC Amazonas.
Tanara, que é professora do Instituto de Computação, doutora em Informática e conselheira titular do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), considera o sinal de internet outro problema sério.
“Ontem mesmo, durante a eleição que foi online, nós tivemos a tarde uma instabilidade na internet. Então, são coisas que a gente precisa melhorar também dentro da universidade. E, além disso, acho que um programa de combate à evasão para reter os alunos na universidade”, antecipa.
Dessa forma, a professora quer fortalecer os programas de pós-graduação, cuja maioria possui nota 4 no Índice Geral de Cursos Avaliados (IGC) do Inep. “Isso significa que os alunos estão recebendo uma educação que supera os padrões nacionais de qualidade”.
“A gente só tem um programa que é nível 3, nenhum nível 5. Então, a gente precisa dar uma atenção especial para a pós-graduação e para a extensão também. A gente tem o desafio de fazer a curricularização da extensão, que a universidade ainda não fez e de colocar mais recursos para a extensão”, diz.
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Amazônia
Antes de enfrentar o processo eleitoral na Ufam, Tanara exerceu o cargo de subsecretária da Amazônia no Ministério da Ciência, Inovação e Tecnologia (MCTI).
A professora diz que exercer esse cargo no ministério, em Brasília, não só lhe garantiu maior experiência na administração federal, mas também maior aproximação com órgãos importante que podem ajudar na nova tarefa.
Ela se refere a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ambos ligados ao MCTI. Ela também destaca os sete anos como conselheira do Comitê Gestor da Internet.
Foto: BNC Amazonas