Deputado do PL-AM nega envolvimento no roubo de aposentados do INSS
Alberto Neto distribuiu nota à imprensa após repercussão de denúncia do Estadão.

Adrissia Pinheiro, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 06/05/2025 às 14:39 | Atualizado em: 06/05/2025 às 14:39
Após ser citado em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o Estadão, publicada desde segunda-feira, 5 de maio, como um dos parlamentares ligados ao escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o deputado federal Alberto Neto (PL-AM) divulgou uma nota à imprensa nesta terça-feira negando qualquer envolvimento no esquema.
O nome do deputado do Amazonas apareceu em meio a investigações que apontam uma suposta rede de favorecimentos e fraudes envolvendo parlamentares e servidores.
A investigação segue em andamento pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Na sua manifestação, o deputado classificou como “leviana” a tentativa de associar seu nome ao grupo criminoso investigado por desvio de recursos e manipulação de processos dentro do INSS.
Segundo o deputado bolsonarista, sua atuação enquanto relator de projeto relacionado ao recadastramento de aposentados teve como base a proteção dos idosos durante a pandemia de covid-19.
“Como relator do projeto, atendi a pedidos da sociedade para aguardar o término da pandemia para iniciar os recadastramentos, uma vez que os aposentados eram os grupos mais vulneráveis”, diz trecho da nota.
Alberto Neto também afirmou ter assinado o requerimento de criação da CPI do INSS e reforçou seu “compromisso com a defesa dos aposentados e pensionistas”.
Nesta segunda-feira, o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, anunciou que os valores indevidamente retirados de aposentados e pensionistas serão devolvidos diretamente nas contas dos beneficiários, como forma de reparação pelos prejuízos causados.
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O que diz o deputado em nota
“É leviana a tentativa de associar meu nome a esta máfia que atua no atual governo e prejudica milhares de brasileiros.
Como relator do projeto, atendi a pedidos da sociedade para aguardar o termino da pandemia para iniciar os recadastramentos, uma vez que os aposentados eram os grupos mais vulneráveis da pandemia.
O objetivo era proteger e cuidar dos idosos. Em março de 2021, o estado de calamidade pública ainda estava em vigor e seria arriscado tirar idosos de casa para irem fazer o recadastramento.
Assinei a CPI do INSS e reafirmo meu compromisso com a defesa dos aposentados e pensionistas, lutando para que sejam ressarcidos por toda a corrupção desencadeada neste governo”.
Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados