Deputado critica Bolsonaro e arrocho na gasolina: ‘Dilma caiu por menos’

No mesmo período citado por José Ricardo, os valores do diesel e do gás de cozinha aumentaram 12 e sete vezes, respectivamente

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 11/10/2021 às 17:52 | Atualizado em: 12/10/2021 às 12:30

O deputado federal José Ricardo (PT-AM) protestou contra o nono aumento no preço da gasolina em menos de dez meses. “Praticamente um por mês”, criticou o petista para quem a ex-presidente Dilma Rousseff deixou a Presidência da República por muito menos.

No mesmo período citado pelo deputado, os valores do diesel e do gás de cozinha aumentaram 12 e sete vezes, respectivamente.

Os combustíveis pesaram 7,26% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“E nada de indignação do parlamento sobre isso. Bolsonaro vende as refinarias, privatiza a Petrobrás e importa tudo em dólar, uma lógica sem fundamento, já que a moeda está em alta. Dilma caiu por muito menos”, postou o deputado no Twitter nesta segunda-feira (11).

Sobre a reação do parlamento, José Ricardo também criticou a proposta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tentar reduzir os preços dos combustíveis.

“Até agora, não foi apresentada com detalhes. O certo é que essa proposta tenta reduzir a base de cálculo do ICMS e terá uma consequência: o Estado vai ter uma arrecadação menor e não se tem garantias de que essa diferença na redução será repassada ao consumidor, com a redução do preço dos combustíveis”, criticou.

Política de preço

De acordo com ele, o problema do preço dos combustíveis não está nos impostos, mas no preço praticado pela Petrobrás.

“Exemplo, esses dias, teve mais um aumento do diesel, na faixa de 9%. Mesmo que haja uma redução do ICMS, enquanto vigorar essa política do governo federal, de dolarizar o petróleo e o preço dos combustíveis, vamos ter aumentos toda semana e todo mês”, afirmou.

Para o deputado, o problema não será resolvido com a simples redução do ICMS.

“Que, aliás, a alíquota de ICMS é a mesma há muitos anos. Se tiverem que reduzir algum imposto, seremos a favor. Mas não é a solução, ao menos, com essa proposta apresentada até agora.”

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Foto: BNC Amazonas