Deborah, a ZFM financia a Universidade do Estado do Amazonas!

Resposta do BNC a mais um artigo do jornal Folha de São Paulo contra a Zona Franca de Manaus

Formandos de São Gabriel da Cachoeira

Neuton Corrêa, do BNC Amazonas

Publicado em: 15/05/2023 às 05:00 | Atualizado em: 15/05/2023 às 12:06

Em mais um artigo da Folha de S.Paulo contra a Zona Franca de Manaus, ontem, a economista Deborah Bizarria pôs o modelo regional como empecilho ao desenvolvimento do país.

A pretexto de cobrar transparência dos gastos públicos, ela questiona: “Quantas vagas em escolas técnicas seriam financiadas com o custo da Zona Franca de Manaus?”

Então, Beborah, papo reto, a ZFM financia todas as escolas técnicas existentes no Amazonas.

Mas, não somente isso, o modelo financia todas as escolas não técnicas, também.

Aliás, Deborah, a Zona Franca de Manaus financia a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Essa instituição, querida, há 23 anos atende alunos pobres de todos 62 municípios do Estado.

O modelo econômico financia a universidade por meio da Contribuição para o Desenvolvimento do Ensino Superior, fundo pago pelas empresas incentivadas do Polo Industrial.

Mais que isso. A Universidade do Estado do Amazonas tem cota especial para indígenas e cursos aplicados na língua deles.

Por exemplo, na foto deste post, está uma leva de 68 alunos se formando em São Gabriel da Cachoeira, município mais indígena do Brasil. Isso foi no fim do mês passado.

Meio ambiente

Aqui, Deborah, no Amazonas, estado que preserva quase a totalidade do verde amazônico de seu território graças aos incentivos que agora você questiona, tudo gira em torno da riqueza gerada pela ZFM.

O modelo ancora mais 70% da economia do estado e se torna centro consumidor regional. Assim, irradia seu vigor para estados vizinhos.

E São Paulo?

Questionar os investimentos públicos, Deborah, é necessário, nesse ponto concordo com você.

O que aqui no Amazonas a gente só estranha é que a Folha abra essas interrogações, sempre, em tempo de discussão tributária.

Mais estranho ainda, Beborah, é que esses artigos sempre miram Manaus, que é apenas uma fração dos beneficiados.

A Folha de S.Paulo não questiona, por exemplo, São Paulo, estado mais rico do País e, também, o maior beneficiado com as despesas tributárias do Brasil.

Foto: Divulgação/UEA