De olho na maioria no Senado, PT terá Marcelo Ramos na disputa em 2026

Ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos assumiu na noite desta quarta-feira (18), em evento na Praça 14, a sua pré-candidatura ao Senado na disputa por uma das duas vagas do Amazonas nas eleições do próximo ano.

Assim como sua candidatura à Prefeitura de Manaus, o ex-deputado terá a chancela do presidente Lula da Silva na disputa, pois a eleição para a Casa Alta se tornou prioritária para o PT, atrás apenas da reeleição de Lula.

Além de eleger os atuais governistas, o partido quer ampliar o número de aliados, conquistar a maioria absoluta (41 das 81 cadeiras) e barrar o avanço da extrema direta.

“Precisamos eleger senadores da República em 2026. Se esses caras elegerem a maioria dos senadores, eles vão fazer uma muvuca nesse país”, disse Lula, recentemente, durante Congresso do PSB.

Atualmente, os senadores que não votam em hipótese alguma com o governo somam 25, destes 17 sairão à reeleição. Caso eles mantenham essa bancada e consigam eleger 16 nomes considerados competitivos terão a maioria (41).

Diante desse quadro, o PT também está disposto a abrir mão de candidaturas para apoiar aliados de outros partidos.

No Amazonas, o cenário mais provável será apoiar o senador Omar Aziz (PSD) ao governo e uma chapa ao Senado com Eduardo Braga (MDB) e Ramos.

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A chapa

Para Ramos, as eleições para o Senado serão decisivas para o Amazonas.

“A reforma tributária mostrou força (e a fragilidade) da nossa representatividade. Se o senador Omar Aziz for mesmo candidato, restará Eduardo Braga disputando a reeleição. Não podemos perder espaços estratégico no Congresso”, defendeu o ex-deputado a aliança.

Ele também lembrou sobre o plano dos bolsonaristas e da extrema direita de avançar na conquista de cadeiras na Casa.

“Há quem queira transformar o Senado em trincheira contra a democracia. Querem desmontar o STF, anistiar golpista e empurrar o Brasil de volta ao autoritarismo. O Amazonas não pode ser cúmplice desse retrocesso”, disse.

Enquanto isso, Ramos afirmou que Manaus está com um futuro redesenhado com um novo sistema tributário, a única cidade do país com incentivos fiscais.

Para ele, é preciso um mandato que olhe para o dia a dia do povo amazonense: escola, unidade de saúde, transporte, combate ao crime, ao tráfico e a geração de empregos.

Por fim e, depois de analisar a situação com a família, Marcelo disse ter coragem, preparo para não se omitir.

“A luta por um Amazonas forte, justo e respeitado continua. E eu sigo nela com todo meu coração manauara e amazonense”, finalizou.

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Foto: reprodução/vídeo