Cigás mela venda da Amazonas Energia aos irmãos Batistas

A Âmbar Energia, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que comprou a Amazonas Energia há pouco mais de um mês, está diante de um novo problema.

Esse problema chama-se Cigás (Companhia de Gás do Amazonas). Ou melhor: chama-se Carlos Suarez, dono da companhia amazonense, figura que o Amazonas nunca viu.

É que, passada a transferência das operações da Amazonas Energia para os irmãos Batistas, Suarez apresentou uma dívida de R$ 50 bilhões da concessionária com a Cigás.

O passivo é sobre a compra de gás por parte de 12 de 13 termelétricas da Amazonas Energia que a Âmbar adquiriu em junho.

Essas 12 termelétricas são distribuídas no interior do estado e pertenciam à Petrobrás, que seria ao final a devedora dos R$ 50 bilhões reclamados pela Cigás.

Diante disso, a empresa de gás alega que o negócio da Amazonas Energia não pode seguir adiante enquanto não receber essa dívida.

A informação está na edição desta quarta-feira, 20 de novembro, da Folha de S.Paulo.

Mas, no Amazonas, nos bastidores da polêmica que se formou em torno desse negócio de bilhões da endividada distribuidora de energia para os Batistas, o que se ouve é que, na verdade, Suarez desconfia que a Cigás pode perder o fornecimento de gás para o sistema elétrico.

Assim sendo, o que ele estaria pretendendo é forçar um acordo para que a Cigás também não quebre.

Foto: Ícaro Guimarães/Secom