Cidade anuncia comitiva da ALE-AM para Brasília em defesa da BR-319

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 13/08/2025 às 21:13 | Atualizado em: 13/08/2025 às 21:13

O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), deputado Roberto Cidade, anunciou nesta terça-feira (12 de agosto) que vai compor uma comitiva de parlamentares estaduais para viajar a Brasília e articular soluções para os impasses que travam a pavimentação da BR-319.

O objetivo, segundo ele, é buscar apoio político junto ao Congresso e ao governo federal, após o veto do presidente Lula da Silva a trechos de lei que poderiam favorecer o projeto.

Segundo Cidade, a bancada amazonense em Brasília enfrenta limitações para reverter o cenário.

“Não dispomos de uma bancada numerosa, nem da mesma capacidade de influência de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Reconheço o trabalho dos senadores, mas enfrentamos a ausência de maioria. Este é o momento de diálogo. Mesmo cientes de que a decisão final é federal, não podemos nos manter inertes”.

O parlamentar criticou a falta de equilíbrio nos investimentos da União, citando exemplos de obras de grande porte no Maranhão e no Pará, mesmo em municípios com menor população que os do Amazonas.

“A BR-319 é uma bandeira de todos: deputados estaduais, vereadores da capital e do interior, e desta casa legislativa”.

Leia mais

MP cria licença ambiental especial que não inclui BR-319

Convocação do Dnit

Cidade também informou que vai convocar novamente o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Amazonas, Orlando Machado, para prestar esclarecimentos sobre a situação dos trechos já licenciados da BR-319.

Ele lembrou que, em abril deste ano, o Dnit havia prometido pavimentar entre 10 e 15 quilômetros do lote C, parte do “trecho do meio” da rodovia, que totaliza 52 quilômetros.

“Diante do veto, essa expectativa se desfaz e retrocedemos. Precisamos que o representante do governo federal venha a esta casa e explique o que será feito. Infelizmente, voltamos à estaca zero”.

O restante do trecho do meio, cerca de 350 quilômetros, segue sem licença ambiental, o que impede o avanço das obras. Desde 2011, o lote C não recebia intervenções.

Foto: divulgação