Cid só se preocupava em cumprir ordens de Bolsonaro, diz defesa no STF
Ex-aliado de Bolsonaro não participou da trama para o golpe porque não era politizado, disse advogado

Mariane Veiga
Publicado em: 24/05/2025 às 09:36 | Atualizado em: 24/05/2025 às 09:54
Testemunhas ouvidas nesta quinta-feira (22) no Supremo Tribunal Federal (STF) defenderam o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, no processo que apura tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula da Silva em 2023.
Indicadas pela defesa, as testemunhas afirmaram que Cid apenas cumpria ordens e não tinha envolvimento político.
O general Edson Dieh Ripoli afirmou que ele “cumpria rigorosamente as missões” e não demonstrava politização.
O ex-comandante do Exército Júlio Cezar Arruda disse que nunca tratou de temas políticos com Cid e elogiou sua atuação militar.
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Outras testemunhas também negaram que o coronel tenha discutido planos golpistas ou atentados contra autoridades.
Segundo o coronel Raphael Monteiro, Cid ficou “profundamente incomodado” com a associação de militares aos atos de 8 de janeiro e se abalou emocionalmente com o rumo das investigações.
Cid é um dos oito réus do chamado “núcleo 1” do processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros acusados de conspirar contra o resultado das eleições de 2022. O STF está ouvindo 82 testemunhas no caso.
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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado