Brasil omite ZFM à COP-30

Até aqui, nota-se que não há nenhuma ação do governo brasileiro em mostrar ao mundo, na Conferência das Partes, a COP-30, o seu mais bem sucedido modelo de desenvolvimento sustentável.

Este modelo é a Zona Franca de Manaus (ZFM). Só o seu polo industrial emprega quase 130 mil pessoas e que faturou em 2024 R$ 204 bilhões.

Os números são suficientes para mostrá-la aos chefes das nações que virão ao Brasil em novembro como um projeto de grandes resultados e baixíssimo impacto ambiental.

É simples se chegar à essa conclusão. Em 58 anos de atividade, a ZFM desenvolve o Amazonas, econômica e socialmente, sem destruir a Amazônia em seu território.

Exemplo de preservação ambiental

De todos os estados da região, o Amazonas, maior de todos, é o que mantém sua cobertura vegetal quase que intocável.

Assim sendo, parece, no mínimo, ilógico, incongruente, que o Brasil não se dê conta de que possui um importante projeto ambiental. Este pode ser aprimorado, quando o mundo perceber a importância de se manter a floresta em pé. E o mundo já sabe dessa importância.

Seria, pois, oportuno o país aproveitar que a COP 2025 acontecerá em Belém. Ou seja: basta ver que a COP acontecerá no coração da Amazônia. Basta ver que a ZFM se desenvolve também na Amazônia. 

Indiferença

Ainda faltam nove meses para o evento. É certo que o evento começou a ser organizado em 2023. Mas ainda é possível mobilizar forças de todas as esferas de poder e segmentos da sociedade para colocar o modelo na vitrine principal dessa Conferência do Clima.

Há projetos com verbas da ZFM, do P&D, sendo preparados para serem levados a Belém. São projetos de extrema importância. Mas o modelo precisa ir à festa mundial do clima em sua amplitude, em sua magnitude.

Do contrário, o Brasil omite, de forma intencional, ou não, o verdadeiro valor da ZFM. 

Arte: Gilmal