Bolsonaro recua antes do Senado derrubar veto do absorvente feminino

Ministra da Mulher, Damares Alves, defendeu veto de Bolsonaro e questionou: "a prioridade é a vacina ou é o absorvente?"

Bolsonaro recua antes do Senado derrubar veto do absorvente feminino

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 09/10/2021 às 10:35 | Atualizado em: 09/10/2021 às 10:35

O presidente Jair Bolsonaro deve recuar antes do Senado derrubar o veto da distribuição gratuita de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Como informa o G1, em uma série de posts no Twitter, a Secretaria de Comunicação (Secom) listou argumentos para justificar o veto de Jair Bolsonaro.

As postagens reforçam, entre eles, a falta de uma fonte de recursos “apropriada”.

No entanto, diversos setores da sociedade mobilizam o Congresso para derrubar o veto.

Dessa forma, a secretaria sinalizou que o governo pretende agir para “viabilizar a aplicação da medida”. Contudo, não deu detalhes de como isso seria feito.

Apesar de o governo argumentar que falta uma fonte de recursos, o texto aprovado previa que o dinheiro viria dos recursos destinados pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS) – e, no caso das presidiárias, do Fundo Penitenciário Nacional.

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Na sexta-feira, no Paraná, a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, defendeu veto de Bolsonaro e questionou: “a prioridade é a vacina ou é o absorvente?”.

Para Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a ministra colocou em discussão um “falso dilema”.

“O dilema posto é falso. Poderia ser cortado gastos com propaganda institucional, por exemplo. Mas nunca afirmar que o veto se dá porque não haveria recursos para vacinação. Isso não faz nenhum sentido”, disse Carlos Lula.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, 25% das meninas entre 12 e 19 anos deixaram de ir à aula alguma vez por não ter absorventes.

Em suma, na proposta, os itens básicos de higiene deveriam ser distribuídos para estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema.

Leia mais no G1.

Foto: Reprodução/YouTube