Organização criminosa do golpista Bolsonaro ganha mais 3 indiciados
A Polícia Federal indiciou mais militares envolvidos em um plano golpista para manter Jair Bolsonaro no poder, aprofundando as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro.

Diamantino Junior
Publicado em: 11/12/2024 às 20:48 | Atualizado em: 12/12/2024 às 11:23
A Polícia Federal (PF) aprofundou as investigações sobre o plano golpista que visava manter Jair Bolsonaro no poder, indiciando mais três militares. Os novos indiciados são:
Aparecido Andrade Portela: atuou como intermediário entre o governo Bolsonaro e financiadores de manifestações antidemocráticas, utilizando o codinome “churrasco” para se referir ao golpe.
Reginaldo Vieira de Abreu: disseminou desinformação sobre o sistema eleitoral, manipulou relatórios e participou da criação de um “Gabinete de Crise” para ser utilizado após o golpe.
Rodrigo Bezerra de Azevedo: integrou o núcleo operacional do plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes e utilizou celulares e chips anonimizados para ações clandestinas.
Com esses novos indiciamentos, o número de envolvidos no caso ultrapassa 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro e outros ex-ministros.
As investigações apontam para uma organização complexa que envolvia militares de alta patente, políticos e financiadores de extrema-direita.
A PF destaca a participação ativa dos indiciados nas ações golpistas, como a arrecadação de fundos, a disseminação de fake news e a organização de atos violentos.
As evidências coletadas incluem mensagens trocadas por aplicativos de mensagens, documentos e registros telefônicos.
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Os indiciados exerceram o direito ao silêncio durante seus depoimentos, mas as provas apresentadas pela PF apontam para sua participação nas ações criminosas.
Os casos serão encaminhados à Procuradoria-Geral da República, que deverá apresentar denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em resumo, as investigações revelam uma trama golpista elaborada e organizada, com a participação de diversos atores, que visava subverter a ordem democrática no Brasil.
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Foto: reprodução