Barroso rejeita pedido de afastamento de ministros no caso Bolsonaro
Presidente do STF considera infundadas alegações de imparcialidade contra Moraes, Zanin e Dino, que seguem no julgamento da trama do golpe

Mariane Veiga
Publicado em: 28/02/2025 às 22:51 | Atualizado em: 28/02/2025 às 23:02
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, rejeitou nesta sexta-feira (28) cinco pedidos para afastar os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino do julgamento do caso sobre o golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A defesa de Bolsonaro alegou “interesse pessoal” de Moraes, que se considera vítima dos crimes em apuração, e também questionou a imparcialidade de Zanin e Dino devido a ações anteriores contra o ex-presidente.
Barroso, no entanto, considerou que não houve evidências suficientes para justificar o afastamento dos ministros.
Em relação a Moraes, o presidente do STF afirmou que o fato de ele ser considerado vítima do golpe não compromete sua imparcialidade, já que o crime atinge a coletividade e não uma vítima individualizada.
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Da mesma maneira, quanto a Zanin e Dino, Barroso destacou que a atuação anterior dos ministros não impede a participação no julgamento.
Além disso, o ministro negou pedidos de impedimento feitos pelo ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto e pelo general Mário Fernandes, que alegaram parcialidade de Moraes.
Seguno Barroso, os advogados já estavam cientes das informações e a delação envolvendo um possível plano de homicídio contra Moraes não justificaria a suspeição.
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Foto: Bruno Moura/STF