Barroso diz que se Congresso e Supremo aprovarem vai ter voto impresso
O ministro ainda defendeu o atual sistema de votação e rechaçou riscos de ataques hackers às urnas por não serem conectadas em rede

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 09/06/2021 às 16:26 | Atualizado em: 09/06/2021 às 16:26
O residente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou hoje (9) que, se o Congresso aprovar e o STF validar a proposta de emenda à Constituição, “vai ter voto impresso”.
“Se o Congresso decidir que deve ter voto impresso e o Supremo validar, vai ter voto impresso. Mas vai piorar. A vida vai ficar bem pior, vai ficar parecido com o que era antes”, afirmou.
Ele falou em uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre as propostas de emenda à Constituição que discutem o voto impresso e a reforma eleitoral. Conforme o Último Segundo.
Barroso foi convidado para participar da comissão geral para debater duas propostas de emenda à Constituição (PECs) em discussão na Câmara que tratam de temas eleitorais.
Por exemplo, a PEC 125/11, que proíbe eleições próximas a feriados, mas terá o parecer ampliado para incluir temas da reforma eleitoral. Além da PEC 135/19, que prevê a adoção de urnas eletrônicas que permitam a impressão dos votos para possibilitar a auditagem das eleições.
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Custo elevado
Em sua fala inicial, o presidente do TSE ressaltou o custo elevado que a impressão dos votos acarretaria aos cofres públicos – cerca de R$ 2 bilhões.
Ao mesmo tempo, o ministro lembrou que a falta de recursos impediu, recentemente, que as Forças Armadas ajudassem em uma operação determinada por ele para proteger comunidades indígenas e garimpeiros.
“Não há risco de não se cumprir decisão do Congresso Nacional. Torço para que ela não venha, mas se vier, nós cumpriremos, mas é preciso ressaltar que não é fácil”, disse Barroso.
O ministro ainda defendeu o atual sistema de votação e rechaçou riscos de ataques hackers às urnas por não serem conectadas em rede.
Ainda de acordo com o Último Segundo, o presidente do TSE também observou que o atual sistema de apuração já é fiscalizado pelos partidos, OAB, Ministério Público e Polícia Federal.
Foto: SCO/STF/arquivo