Barroso descarta anistia a golpistas: ‘8 de janeiro é imperdoável’
Conforme o ministro, a ideia de penas mais leves modificaria a legislação

Mariane Veiga
Publicado em: 27/04/2025 às 15:03 | Atualizado em: 27/04/2025 às 15:16
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Roberto Barroso, afirmou que não concorda com a possibilidade de anistiar os envolvidos nos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
“Anistia é perdão, e o que aconteceu é imperdoável”, declarou em entrevista ao O Globo.
Barroso destacou que o STF apenas aplicou a legislação aprovada pelo Congresso e afirmou que eventuais mudanças nas penas são prerrogativa do Legislativo.
Conforme o ministro, “se a ideia for ter penas mais leves, é o caso de modificar a legislação”.
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Barroso esclareceu ainda que não vê problemas no debate, mas discorda do perdão total.
O ministro também comentou o projeto de anistia em discussão na Câmara dos Deputados e disse estar aberto ao diálogo com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), embora o tema ainda não tenha sido discutido entre ambos.
Ele defende que os julgamentos do caso sejam concluídos até o fim de 2025, antes do calendário eleitoral de 2026.
Questionado sobre críticas ao STF, Barroso disse que o Congresso está cumprindo seu papel institucional e reforçou a importância de combater o extremismo e preservar a democracia.
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Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil