Banco Mundial vai ao Amazonas de olho na ZFM e em parcerias

Banco Mundial e Sedecti discutem parcerias para fortalecer a economia do Amazonas, com foco na Zona Franca de Manaus, realizando pesquisa de prospecção econômica.

Diamantino Junior, da Redação do BNC Amazonas*

Publicado em: 06/06/2024 às 17:21 | Atualizado em: 06/06/2024 às 17:27

Uma comitiva do Banco Mundial, o Bird, se reuniu em Manaus neste dia 6 de junho com o Governo do Amazonas para discutir parceria para explorar e potencializar o futuro econômico do estado.

Nesse aspecto, o polo industrial da ZFM (Zona França de Manaus) desperta particular interesse do banco.

O encontro foi com equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).

De acordo com a economista do Bird para o Brasil, Shireen Mahdi, o grupo busca compreender a ZFM e sua importância para a economia.

“O mundo está em constante evolução e o contexto econômico nacional e internacional é de suma importância para o Amazonas, pois ele precisa continuar buscando novas oportunidades e soluções para se manter competitivo na economia local e internacional”, afirmou Shireen.

Executivo da Sedecti, Gustavo Igrejas disse à comitiva que a ZFM é um exemplo de sucesso econômico e social.

“Nosso faturamento alcançou quase 35 bilhões de dólares, em 2023, e a geração de mão de obra chegou a mais de 115 mil empregos diretos nas fábricas. Esses números mostram o potencial que temos para continuar crescendo e inovando”.

De acordo com Igrejas, o pacote de incentivos do estado, combinado com os incentivos federais torna o polo industrial da ZFM competitivo, especialmente nos setores eletroeletrônico, de duas rodas, de bens de informática, e outros.

“O Amazonas, por intermédio do Conselho de Desenvolvimento do Estado [Codam], pode ampliar, ainda que temporariamente, os incentivos de determinados segmentos para que os mesmos possam enfrentar sazonalidades negativas sem ter de fechar as portas”.

Além da reunião, a equipe do Bird visitou empresas privadas e instituições de ensino na companhia da Sedecti.

“Achamos que tem um potencial enorme a ser alavancado com soluções. E, hoje, estamos aqui na Sedecti para discutir o potencial do estado do Amazonas para que venha a se tornar uma economia de serviços de alto nível, que poderiam ser exportados, não só para dentro do Brasil, mas também fora dele”, disse a economista Shireen.

Pesquisa local

De acordo com a Sedecti, uma pesquisa do banco vai buscar compreender as necessidades e a evolução do setor privado amazonense.

A intenção é identificar quais serviços e investimentos têm maior impacto.

“Gostaríamos de fazer uma pesquisa com as empresas, em parceria com a Sedecti, para entender mais as necessidades e a evolução das necessidades do setor privado, que existe aqui hoje, para ver quais seriam os serviços e os investimentos que seriam de maior impacto para que elas se tornem cada dia mais efetivos”.

*Com informações da Secom.

Foto: Bruno Leão/ Secom