Aziz diz que Congresso avança com novas regras de indicação das emendas
O senador considera que o projeto de resolução, aprovado nesta quinta-feira (13), marca um avanço importante na transparência e na democratização do orçamento público.

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 13/03/2025 às 16:47 | Atualizado em: 13/03/2025 às 16:47
O senador Omar Aziz (PSD-AM) comemorou a aprovação, nesta quinta-feira (13), do projeto de resolução 01/25. A medida estabelece novas regras para a indicação das emendas parlamentares.
Na Câmara, o texto recebeu 361 votos favoráveis e 33 contrários. Já no Senado, 64 parlamentares aprovaram a proposta. Apenas três votaram contra.
Aziz afirmou que o Congresso avançou na transparência do orçamento público. Além disso, ressaltou a importância da medida para a democratização dos recursos.
“Aprovamos uma resolução que padroniza o repasse de recursos e exige a identificação clara dos beneficiários e dos autores das emendas parlamentares. Essa medida, fruto de um acordo construído após decisão do STF, fortalece nosso compromisso com a responsabilidade fiscal e a eficiência na destinação dos recursos públicos”, avaliou.
Ao votar favorável, o parlamentar diz que reafirmou seu compromisso com a transparência e a ética na aplicação dos recursos públicos, sempre visando ao desenvolvimento das cidades e ao bem-estar da população.
“Acredito que essa nova medida contribuirá para uma gestão mais eficiente e justa, beneficiando diretamente os municípios e estados brasileiros, de forma responsável e transparente, atendendo às reais necessidades de nossa sociedade”, disse.
Plano
Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP-AP), afirmam que o Parlamento cumpre o plano de trabalho homologado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na semana passada, a Corte referendou a decisão do ministro Flávio Dino de liberar a aplicação das emendas parlamentares. Isso ocorreu após o governo e o Congresso entregarem o plano para aprimorar a transparência e a rastreabilidade dessas indicações ao orçamento.
Diante disso, Alcolumbre destacou que o Congresso, em todas as oportunidades, não mediu esforços para demonstrar nos autos o integral cumprimento do acórdão do STF. Além disso, ressaltou a adoção de diversas medidas para garantir tanto a transparência quanto a rastreabilidade da execução orçamentária.
“Após diversas tratativas e audiências no STF, os poderes Executivo e Legislativo apresentaram conjuntamente um plano de trabalho que finalmente foi homologado à unanimidade pelo Supremo em decisão referendada no dia 6 de março de 2025”, explicou o presidente do Senado.
Emendas
As emendas parlamentares podem ser individuais e de bancadas estaduais, que são impositivas; e de comissões permanentes da Câmara e do Senado.
No caso das emendas de comissões, após a publicação da Lei Orçamentária (LOA), que será votada na próxima semana, os líderes de partidos vão indicar a destinação de recursos após ouvir suas bancadas conforme a lei complementar 210/24.
Parlamentares criticaram esse dispositivo por não exigir a discriminação do autor final das emendas de comissões, pois os líderes de partidos é que farão as indicações.
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados