Amazonino cogita reeditar programa Leite do meu filho no governo

Publicado em: 08/03/2018 às 12:30 | Atualizado em: 08/03/2018 às 12:30
O governador Amazonino Mendes (PDT) cogitou na manhã desta quinta-feira, dia 8, reeditar o Leite do meu filho, programa social de doação de leite para crianças pobres que criou quando prefeito de Manaus (2009 a 2012).
Para ele, a ajuda pública na nutrição de crianças até 4 anos de idade pode contribuir para redução dos índices da criminalidade.
Amazonino disse que a desnutrição pode ser a causa, por exemplo, do aumento das chamadas “galeras” (pequenos bandos, geralmente de jovens, que se juntam para praticar atos infracionais e delitos, que tiveram atuação mais intensa nos anos 90).
“Eu sei que a subalimentação, a carência protéica, pode levar essa criança a sequelas lá na frente. E essas sequelas podem ser responsáveis pelo aumento das chamas ‘galeras’, pivetes, dos menores infratores, desses criminosos mirins. Muitas vezes a questão não é social. É fisiológica, decorrente de deformação alimentar, carência alimentar”, afirmou.
O discurso foi durante o lançamento do programa João & Maria, de combate à violência contra crianças, adolescentes, idosos e mulheres, que apresentou na sede do governo.
O programa é voltado para ações educativas e de mobilização da sociedade. Prevê a realização de palestras de massificação de conteúdos de mecanismos de proteção para esses segmentos mais vulneráveis da população.
Amazonino voltou a criticar o programa Ronda no Bairro, criado pelo ex-governador Omar Aziz (PSD) em 2011, seu principal cabo eleitoral nas eleições suplementares ao governo do ano passado e que neste ano pode ser adversário na disputa pelo cargo.
O governador disse que, depois que ele deixou o comando do estado, em 2002, “nunca mais meteram um prego na segurança”. Depois fez uma ressalva em sua fala:
“Fizeram aquele programa Ronda nos Bairros, um programa razoável, que ajudou o combate à criminalidade, mas aquele programa, aplaudo, era centrado num setor. Entendo que o projeto deve ser abrangente”.
Foto: BNC