Amazonas: chineses são donos da maior mina de urânio por apenas R$ 2 bi
E a riqueza mineral não é só urânio: tem cassiterita, nióbio, tântalo e estanho. Negócio foi 100% privado

Mariane Veiga, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 28/11/2024 às 21:21 | Atualizado em: 29/11/2024 às 12:06
A empresa China Nonferrous Trade, do Governo da China, pagou US$ 340 milhões (cerca de R$ 2 bilhões, na cotação de 27 de novembro) para adquirir 100% da maior reserva de urânio do Brasil, no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas.
Desde 1979, na ditadura militar, a mina, rica também em minérios como cassiterita, nióbio, estanho, tantalita e outros, é explorada pela empresa Mineração Taboca, que pertencia ao grupo Paranapanema.
Em 2008, a Paranapanema vendeu o controle da Taboca ao grupo peruano Minsur, que agora negociou com os chineses.
Dessa forma, nada dessa negociação bilionária entre estrangeiros em território brasileiro pouco ou nada fica para o tesouro do país.
Para o grupo empresarial do Peru, porém, o negócio foi vantajoso.
“Este novo momento é estratégico e constitui uma oportunidade de crescimento para a Mineração Taboca, pois permitirá que ela tenha acesso a novas tecnologias para se tornar mais competitiva e ampliar sua visão e capacidade produtiva”, afirmou a empresa.
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O que diz o Amazonas
Em manifestação ao G1, o Governo do Amazonas informou que a compra da reserva mineral se tratou de uma operação privada.
Dessa forma, afirmou que “apoia investimentos que favoreçam o crescimento econômico e social, desde que cumpram as leis e as normas ambientais”.
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Foto: reprodução